segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Inter campeão mundial: eu torci também

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Manhã de domingo. Era 11h40 no horário oficial da Alemanha quando um amigo espanhol bateu à porta de meu quarto, trazendo-me as boas novas. "Luiz, está passando a final do Mundial, mas não conseguimos aumentar o tamanho da tela", disse Vicent. Que alegria! Nos dias anteriores ao confronto entre Internacional e Barcelona, eu tinha buscado, sem sucesso, informações sobre um canal alemão que transmitisse a final.

Lavei o rosto, coloquei uma blusa e, três minutos depois estava na sala de vídeo para assistir à partida – minha esposa (Eliane) chegou instantes depois para, comigo, torcer pelo Inter. Para minha frustração, Vicent e o colega de trabalho Alexandre Schossler, gaúcho e fanático pelo Grêmio, haviam encontrado um mosaico da tevê francesa por assinatura, equivalente à Sky, e não um canal aberto.

Sem outra opção – não conhecíamos nenhum assinante da Globo Internacional e os bares naquela hora certamente estavam fechados – puxamos os sofás para bem próximo do televisor e tratamos de assistir ao jogo no mosaico mesmo, com narração em francês. Na tela de aproximadamente 9cm x 12cm, lado a lado com outras 20 do mesmo tamanho, só conseguíamos ver a bola no replay das jogadas.

Sou palmeirense e minha esposa corintiana, mas naquele momento éramos Internacional "desde criancinha", para insatisfação dos dois amigos que torciam pelo Barça, um por ser espanhol e o outro que, como bom gremista, secava o colorado. No ano passado torci pelo São Paulo em função do conterrâneo Rogério Ceni (natural de Pato Branco), desta vez fiz o mesmo a favor do jovem Alexandre Pato (Alecsander Patô na voz do locutor francês).

A partida se encaminhava para o final, já sem Pato em campo. Minha preocupação aumentava porque, como sabemos, o goleiro Clemer não é nenhum Dida ou Marcos na hora de pegar pênaltis. De repente, impedidos de ver a jogada pelo tamanho mínimo do mosaico, surge um eufórico gol do locutor francês, aparentemente feliz e parecendo não acreditar no feito colorado.

Minha esposa e eu gritávamos gol também sem acreditar. O Inter repetia o feito do São Paulo de Telê Santana ao derrotar o poderoso Barça no Mundial Interclubes. Nesta segunda-feira (18/12), fui mais cedo à Deutsche Welle e, no You Tube, pude ver os lances da honrada e merecida vitória gaúcha. O Inter venceu sem estrelas, sem craques, sem o salário do Ronaldinho, mas com um conjunto de muita garra e a vontade.

Com o espírito colorado do último domingo, a Seleção Brasileira teria vencido a última Copa do Mundo de goleada. Sofri torcendo pelo Inter, limitado a um mosaico com locução em francês, mas valeu a pena. Enfim, o Internacional fez jus ao nome que carrega, enchendo nós brasileiros de orgulho. Parabéns.

5 comentários:

Assessoria de Imprensa disse...

que jogo rapaz, mas eu sofri tb pra ver o jogo, minha tv estava sem antena, imagina como estava a qualidade da imagem :-)

Anônimo disse...

Enfim o time do Fernando de Santi foi campeão mundial!!!

Torci pelo inter também...

Assessoria de Imprensa disse...

aff

sai fora rapaz, sou TRI-CAMPEAO MUNDIAL :-)

Luiz Fernando Cardoso disse...

Errata

Na primeira publicação constava que o tamanho da tela, na qual assistimos ao Inter campeão mundial, era de 3cm x 4cm, o que não estava correto. A alteração necessária foi efetuada no dia seguinte à publicação.

Abraço a todos os leitores.

Anônimo disse...

[por e-mail]

I saw the match between Barcelona and Internacional. Ronaldinho was disappinted at the end when Internacinal scored their goal. There's no snow in Chicago at this time, but this is an exception.

Es gibt hier in Chicago einen deutschen Weihnachtsmarkt. Es gibt alles in Chicago, es ist eine sehr schöne Stadt!

Viele grüße an die Leute im Kloster und an deine Frau. Frohe Weihnachten und guten Rutsch ins neue Jahr. Ich bin am 30 Dezember in Bonn.

Leon... Brazilo zil zil zil...
Chigado (EUA)