quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Novo portal alemão, em português

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Já se passaram quase seis meses desde meu retorno ao Brasil. Confesso, enquanto estava na Alemanha tinha mais disposição para atualizar meu blog e, quando o fazia, recebia um número animador de comentários. Decidi voltar à ativa porque há muito a ser escrito e porque estou certo da boa receptividade dos fiéis (poucos, mas de qualidade) leitores do Blog do LF na Alemanha.

Ao receber a notícia de que um amigo e companheiro de pensão dos tempos de Bonn vai se casar – lá na Europa, que tal! – relembrei vários bons momentos na Alemanha. Foi a injeção de ânimo que faltava para pôr no blog novas palavras. E veja só que legal, procurando por um assunto interessante, que merecesse ser abordado, encontrei um portal alemão para a lusofonia, o Alemanja.

Segundo a Embaixada da Alemanha em Brasília, idealizadora do site, o Alemanja é um portal voltado para os países falantes da língua portuguesa: Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau e Timor Leste, além de Brasil e Portugal. Inaugurado em março, o portal já pode ser acessado também através de um link neste blog, localizado no menu “Notícias em Português”.

Não encontrei no site da Embaixada explicação sobre o porquê do nome Alemanja, com “J” em vez de “H”, mas pelo conheço da língua alemã foi uma escolha interessante. A palavra Ja (pronuncia-se “ia”), que significa “sim”, é uma das mais utilizadas na língua alemã falada, talvez a mais popular depois de Bitte – esta com uma infinidade de sentidos: “por favor”, “com licença”, por exemplo.

Num hipermercado chamado Toom, onde fazia as compras em Bonn, Ja era também o nome de uma marca popular que vendia todo tipo de produtos: pães, frios, leite, iogurte, chocolate, condimentos, etc. Se tinha rótulo da Ja era, geralmente, mais barato que os demais. Assim, no meu vocabulário Ja também ficou registrado como economia.

Voltando ao portal, ele possui uma gama enorme de informações, nas mais variadas áreas. Por isso, uma visita sossegada vale a pena. Bastou poucos minutos de navegação para eu encontrar assuntos de meu real interesse, motivo pelo qual não poderia deixar de indicar Alemanja para meus nobres e seletos leitores.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O “Cristo Redentor” deles!

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A Catedral de Colônia está para o Estado da Renânia do Norte- Vestfália como o Cristo Redentor está para o Rio de Janeiro. É uma das construções históricas símbolo da Alemanha, roteiro de peregrinação católica e orgulho dos moradores de Colônia. Levou mais de 600 anos para ser construída... leia mais no texto anterior sobre a Kölner Dom.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Catedral de Colônia: uma das construções símbolo da Alemanha

Existem três construções símbolos da Alemanha, conhecidas em todo o mundo, que, na minha opinião, devem constar em qualquer bom roteiro turístico pelo país: Portão de Brandemburgo, em Berlim, o Castelo de Neuschwanstein, no sul da Baviera, e Catedral de Colônia. Por falta de tempo (e dinheiro!), só pude conhecer uma dessas maravilhas arquitetônicas.

Estive pela primeira vez em Colônia, cidade de aproximadamente um milhão de habitantes, no início de novembro de 2006. Desembarquei na noite fria de um sábado na Hauptbahnhof (estação central de trens) da cidade, acompanhado de alguns amigos de pensão. Foi a primeira vez em que estive aos "pés" da famosa Catedral de Colônia.

Como a catedral fica ao lado da estação de trens, era inevitável passar por ela quando eu ia a Colônia. Estive várias vezes na cidade, mas apenas no final de dezembro – já na companhia de minha esposa Eliane – conheci o interior da catedral. Ao custo de dois euros por pessoa, subimos os "infindáveis" degraus de uma das duas torres, cada qual com 157 metros de altura. Como a cidade é plana, as torres são visíveis de qualquer ponto da cidade e, lá de cima, a paisagem é muito bonita, com o rio Reno cortando Colônia de sul a norte.

Os informativos vendidos no interior da igreja – ao preço que o visitante estiver disposto a pagar – relatam que a Catedral de Colônia (em alemão Kölner Dom), uma das mais belas construções em estilo gótico do mundo, levou 632 anos para ser erguida, considerando as interrupções. Foi concluída 1880, tornando-se na época o prédio mais alto do mundo.

São quase sete mil metros quadrados de área construída, que guardam relíquias artísticas e religiosas. A peça mais famosa do interior da catedral é uma reluzente urna de ouro que, segundo a história católica, guardam os restos mortais dos Três Reis Magos: Baltazar, Belchior e Gaspar. Para evitar qualquer depredação, em função do grande número de visitantes – até 20 mil por dia –, os fiéis não podem chegar a menos de 20 metros de distância da urna.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um acordo propôs a preservação de construções histórias, entre elas a Catedral de Colônia. Mesmo assim, a igreja acabou sofrendo avarias e a reconstrução das partes danificadas foi finalizada em 1956. Bem conservada, é uma visita que vale cada minuto e centavo gasto.

A saber

As igrejas Luterana, com 32,9% dos fiéis, e a Católica, com 32,3%, são as principais confissões religiosas na Alemanha. Os Estados da Renânia do Norte-Vestfália, no vale do Reno, e da Baviera são de maioria católica. E o maior expoente do catolicismo no país é justamente a imponente Kölner Dom.

Por influência socialista, que dominou o lado oriental do país no pós-guerra – proibindo o ensino religioso nas escolas –, cerca de 25% dos alemães se declaram sem religião ou ateus. Dentre as minorias estão o islamismo, com 4%, seguido pelo judaísmo e o budismo com 0,2% cada. Detalhe, antes do holocausto promovido pelos nazistas, o número de judeus passava de 10%.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Amigos internacionais para toda a vida

Todos os anos, milhares de pessoas partem de países pobres – ou em desenvolvimento – para trabalhar na Europa. Isso faz do Velho Continente um lugar cosmopolita, com gente de várias origens, credos e culturas. E é exatamente essa possibilidade de conhecer pessoas diferentes que mais me fascinou nos quatro meses e meio em que estive na Alemanha.

Para quem gosta dessa “salada de fruta” cultural, Bonn é um prato cheio. A cidade abriga o edifício-sede da ONU (Organização das Nações Unidas) no país. Isso a menos de 50 metros da Deutsche Welle (DW), emissora pública com produção jornalística em mais de 30 idiomas. Resultado: conheci gente de pelos menos 15 países – se não mais! – e brasileiros de vários Estados.

De segunda a sexta, eu almoçava na cantina da DW, um luxo. O prédio foi construído para servir aos deputados federais da Alemanha, que por fim acabaram se transferindo para Berlim e, assim, cedendo lugar a jornalistas. Foi numa dessas refeições que fiz amizade com jovens estagiários da ONU, oriundos da Colômbia, Espanha, Romênia, Turquia, Egito, etc.

Na DW, eu recebia aulas de alemão para melhorar os conhecimentos do idioma, com tudo pago pela emissora. No curso, ministrado somente em língua alemã, conheci pessoas da Índia, Indonésia, Ruanda, Guiné e até do Afeganistão, todos estagiários da empresa, muitos dos quais ainda estão por lá.

Como se não bastasse, morei em um antigo convento (kloster em alemão) multicultural. Hoje em dia, estudantes de várias partes da Alemanha e do mundo moram lá pagando algo em torno de 250 euros por mês – muito barato para os padrões da Alemanha. Meu vizinho de quarto durante os três primeiros meses foi um espanhol de Valência, chamado Vicent. No quarto ao lado morava um mexicano, Santiago, e com ambos consolidei grande amizade.

A Eliane ficou muito amiga de uma polonesa chamada Anna, que estuda e trabalha em Bonn. Lá do kloster, guardamos um carinho especial, ainda, de um médico da Síria chamado Leon (que ama a seleção brasileira), de uma senegalesa estagiária da Renault, Seynabou, e de dois alemães: Tobias, de lado oriental do país (menos rico) e Alex, que viveu um ano no Chile e fala perfeitamente o espanhol.

Aliás, uma curiosidade para encerrar. No Brasil, quando não entendemos o que alguém está dizendo, usamos a típica frase: “parece que está falando grego!”. Pois na Alemanha a mesma frase existe, só que os alemães dizem: “parece que está falando espanhol!”. Moral da história: o tal do Alex era muito respeitado por ser alemão e conseguir falar espanhol.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Um estágio para não se esquecer jamais

Minha concepção sobre a palavra estágio mudou completamente nos quatro meses em que estive na Deutsche Welle, empresa de comunicação (tevê, rádio e internet) do governo alemão. Antes, ao menos para mim, estágio significava exploração de mão-de-obra barata, sem grandes encargos sociais e impostos a serem pagos por parte do empregador. Pouco antes de ingressar na faculdade de Jornalismo, por exemplo, estagiei por quatro meses em um conhecido jornal de Pato Branco sem qualquer ajuda de custo, nem vale transporte.


Da Deutsche Welle, ganhei as passagens (ida e volta) de avião de Curitiba a São Paulo e da capital paulista até Frankfurt, e de lá de trem (o melhor e mais caro) até Bonn. Recebi também aulas de alemão, um seguro saúde e uma importância mensal, pequena mas suficiente para pagar minhas despesas com alimentação, moradia e transporte dentro da cidade. Ainda sobrou para viajar pela Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais populoso da Alemanha. Sobretudo, estarei retornando ao Brasil com uma experiência internacional no currículo e com boas recordações para a vida toda.


Lembro com alegria de cada momento que me conduziu a essa ótima oportunidade em uma empresa de renome internacional, como é a Deutsche Welle. Estudei inglês por cinco anos, depois parti para um curso intensivo de italiano e, por último, iniciei um curso de alemão. Já estava formado em jornalismo, atuando pelo Jornal de Beltrão em Dois Vizinhos, quando percebi que era o momento de buscar a sonhada experiência internacional, tão importante no jornalismo. Com a ajuda da internet, passei meses pesquisando oportunidades profissionais para jornalistas brasileiros no exterior até encontrar, meio por acaso, o programa de estágio da Deutsche Welle.


Eu já conhecia a empresa, que transmite sua programação televisiva nos canais internacionais da Sky (tevê por assinatura). Quando soube que a emissora alemã também possuía uma página na internet, inclusive com notícias em português, enviei um email pedindo informações sobre a possibilidade de estágio – crente de que havia uma uma redação da empresa instalada em São Paulo. Descobri, então, o programa de estágio da DW-WORLD, departamento da Deutsche Welle que produz o jornalismo online a partir de Bonn, ex-capital da Alemanha. Após um contato inicial com a chefe da redação online em língua portuguesa, Laís Kalka, comecei a preparar minha inscrição.


Enviei currículo (com versão em inglês), cartas de recomendação, carta de apresentação demonstrando o porquê de meu interesse, um portfólio com cópias de meus textos publicados no Jornal de Beltrão. O apoio do diretor de redação do JdeB, Ivo Pegoraro, foi de suma importância. Após demonstrar meu interesse e preecher os pré-requisitos, meses depois recebi a notícia de que eu estava escalado para estagiar na DW-WORLD, a princípio de agosto a outubro de 2006. A data do estágio foi alterada e não sei quais foram os motivos, mas ganhei um mês a mais. De 2 de outubro de 2006 a 31 de janeiro de 2007 tive a oportunidade profissional mais significativa de minha jovem carreira de jornalista, um aprendizado para não esquecer jamais. Hoje, felizmente, tenho uma outra concepção sobre estágio.


Legenda: no dia do Advento, a redação de língua portuguesa parou para comemorar e comer

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Finalmente, neve em Bonn!

A sexta-feira passada (26.01.07) tinha tudo para ser um dia especial, e foi. Conforme a previsão do tempo vinha anunciando desde a segunda-feira anterior, nevaria também na cidade de Bonn, que está localizada numa das regiões mais "quentes" da Alemanha. Em grande parte do país, a neve vinha caindo há dias.

Fiz plantão para ver a neve chegar. Coloquei o relógio despertar às 8h e nada, apenas céu branquinho e muito frio de lado de fora da pensão. Entre um cochilo e outro, por volta das 10h vi pela janela os primeiros floquinhos caindo. "Eliane! Eu acho que está nevando", gritei, com o sorriso lá na orelha.

Bem agasalhados, ficamos na sacada curtinho a neve, que começava a dar o "ar" de sua graça. A cada minuto que passava a quantidade de flocos aumentava. Saímos em direção ao centro, à pé, enquanto a neve caía. Nevou pouco e em alguns intervalos, isso até às 17h, quando o branco tomou conta da paisagem.

Estávamos retornando de um passeio na Poppelsdorfer Alle, uma das ruas mais charmosas de Bonn, quando começou a nevar com mais intensidade. Em poucos minutos, telhados, calçadas, gramados, carros, quase tudo estava coberto por um belo "tapete" branco. Um lago em Poppelsdorf, que já estava congelado, ficou ainda mais bonito.

Acostumados com a neve desde criança, os alemães pouco se importavam com a mudança na paisagem. E Eliane e eu, bem como muitos turistas vindos de lugares quentes, estávamos fascinados pela beleza da neve. Foi um dia maravilhoso, para não esquecer jamais. A neve vai nos permitir ter recordações ainda melhores da Alemanha.

Legenda: perto da pensão onde moramos nevou mais que no centro, a Eliane que o diga

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

A língua inglesa pode tornar a vida ainda mais imprevisível

Na última segunda-feira (15.01.2007) a Eliane e eu completamos dois anos de casados. A exatamente um ano eu atuava como repórter do Jornal de Beltrão em Dois Vizinhos e nos questionávamos onde iríamos estar dali um ano? Queríamos deixar o Sudoeste em busca de uma nova experiência de vida, porém, a oportunidade de vir à Alemanha não passava pela nossa cabeça.

Tomo meu exemplo profissional para citar como a vida pode ser imprevisível. E posso garantir a cada um de meus leitores que quanto mais se estuda inglês, mais imprevisivelmente bom pode ser o futuro. Digo isso porque, depois da minha formação em jornalismo, o inglês foi de fundamental importância para que eu conseguisse ingressar como estagiário na Deutsche Welle.

Estou aprendendo alemão e, permanecendo no país, estarei fluente em três ou quatro meses. Entretanto, mesmo quem não possui conhecimento algum da língua de Goethe, pode conseguir boas oportunidades no país se dominar o inglês. Foi assim com um amigo da Espanha, que fez parte de seus estudos de doutorado em Bonn e retornou a Valência sem saber pronunciar "Entschuldigung" (desculpa).

Antes de eu vir à Alemanha, um amigo me disse: "acho que vou estudar alemão". Outro amigo, também leitor deste blog, disse que vai largar o inglês para estudar espanhol e italiano. Recomendei a ambos que primeiro aprendam inglês, depois espanhol, alemão, francês, italiano, árabe, mandarim, etc. Para crescer na vida, faça isso e conclua uma faculdade.

A bíblia ensina que não temos o poder de acrescentar um dia sequer em nossas vidas. Já o ditado popular diz que: "o futuro a Deus pertence". De qualquer forma, mesmo sem conhecer o futuro, estudar inglês vai deixar sua vida muito mais imprevisível. Acredite nisso.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Um Natal nas colinas de Königswinter

Com aproximadamente 40 mil habitantes, a pequena e um tanto desconhecida Königswinter tem muito a oferecer a seus visitantes – especialmente se comparada com cidades brasileiras de mesmo porte. De metrô, a cidade fica a cerca de 15 minutos a Sudeste de Bonn (ex-capital da Alemanha), sendo possível ir também também de trem, carro e até de barco (no verão).

Königswinter está localizada às margens do rio Reno e na base de uma cadeia de montanhas, tendo como principal atrativo suas belas paisagens e numerosas trilhas, excelentes para caminhadas. Na cidade há clubes de piscinas, abertos a não sócios, um museu de répteis e um grande aquário (
Sea Life Königswinter), que atrai visitantes de cidades próximas.

Das sete colinas de Königswinter, a mais famosa delas, chamada Pedra do Dragão (Drachenfels) é a que mais me impressionou. Uma
estrada de ferro segue da cidade até o topo da pequena montanha, de 321 metros de altura, onde ficam as ruínas do antigo castelo de Drachenburg, construído em estilo gótico no século 12.

No meio da colina fica novo castelo de
Drachenburg. Imponente, a construção finalizada em 1884 atrai grande número de visitantes, mesmo em dias de frio intenso. Para meu azar – e de minha esposa, que me acompanhou no passeio – o schloss (castelo) é fechado nos meses de dezembro e janeiro.

Mesmo sem poder transpor os muros do castelo, o passeio no dia de Natal foi realmente agradável. Ver os galhos das árvores congelados em uma tarde de frio que nem as serras gaúcha e catarinense conhecem, não tem preço. A bela paisagem do lugar merece uma visita sem pressa.


Legenda: na Pedra do Dragão no dia de Natal. Se tivesse garoado era neve na certa.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

"Programa de Índio" em Bornheim e incêndio em Bonn

A véspera de Natal ("Heiligabend" em alemão) foi gelada por aqui. Não nevou em Bonn, mas a temperatura não passou de 2ºC. Um intenso nevoeiro cobriu a cidade durante todo o dia, tornando a paisagem um tanto sinistra, com uma peculiar beleza.

Como se diz no Brasil, era um dia típico para não sair de baixo das cobertas. Mesmo assim, partimos pela tarde, a Eliane e eu, para conhecer a pequena (porém turística) Brühl. Devido à névoa, às 15h30 já começava a ficar escuro, o que nos levou a decidir conhecer uma cidade mais próxima.

Entre algumas opções, pegamos um metrô rumo à Bornheim, localizada 20 km ao Sul de Colônia. Quase 50 mil pessoas moram naquela cidade, mas naquela noite de nevoeiro, duvidávamos que mais de 100 pessoas vivessem por lá. Não enxergávamos nada a 30 metros de distância.

Lembrei-me de uma noite em Dois Vizinhos (PR), no início de 2005. Para que a Eliane conhecesse melhor a cidade para a qual havíamos nos mudado, a convidei para tomar um ônibus (popular "lotação") e circular nele até o final da linha. Como se diz o jargão: foi o maior "programa de índio". Senti uma sensação parecida em Borheim.

Retornamos à Bonn e, chateados por não ter visto nada de interessante para contar aos caros leitores, passamos ao lado de um grande número de carros de bombeiros, de viaturas de polícia e de ambulâncias. Na parada seguinte, descemos do ônibus e retornamos ver o que acontecera.

Um incêndio estava destruído uma loja de colchões e ameaçava se espalhar para os apartamentos dos andares de cima. Felizmente o Corpo de Bombeiros de Bonn agiu rápido e em alguns minutos conteve o incêndio. Foi interessante ver a eficiência e o preparo dos bombeiros alemães, dotados de ótima aparelhagem.

Nos entristeceu ver o desespero de uma mulher, que julgamos ser a proprietária, ao chegar ao local e ver seu patrimônio em cinzas, em plena véspera de Natal. Que Deus proteja minha família e a cada um de meus leitores de uma situação tão desagradável como aquela.

Legenda: bombeiros contêm incêndio em loja de colchões no centro de Bonn