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O que faz o dinheiro quando bem investido, não? Digo isso porque ainda não me cansei de elogiar a infraestura e a organização da Alemanha. O país é dono da terceira economia mais rica do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Japão, e isso se reflete no dia-a-dia das cidades alemãs.
Para tentar explicar as diferenças entre Brasil e Alemanha, quando o assunto é transporte coletivo, é interessante fazer um paralelo entre duas localidades. Vou tomar a cidade onde moro como exemplo. Bonn tem pouco mais que 300 mil habitantes, o que equivale à população de Ponta Grossa, que convenhamos: é considerada uma boa cidade para viver.
Bonn possui metrô – com linhas interligando a ex-capital da Alemanha às cidades próximas, como Colônia –, bondes modernos (que dividem as ruas com os carros) e linhas de ônibus para todos os cantos da cidade. Tudo interligado e eficiente, com raros atrasos. Para completar, a cidade conta com uma estação ferroviária (trens de passageiros) e divide um aeroporto internacional com Colônia.
Talvez seja injusto comparar Ponta Grossa a uma ex-capital, então que a comparação seja feita com Brasília. Estive lá uma vez e posso garantir, fica muito aquém de Bonn no transporte público. Tenho certeza que se o dinheiro de nossos impostos fosse bem investido, ou melhor, se todo ele fosse investido – temos de levar em conta a corrupção – o Brasil seria mais rico, organizado e o povo viveria melhor. Saber que Maluf e Collor foram eleitos para deputado federal e senador, respectivamente, faze-me perder a fé.
Legenda: estação central (Hauptbahnhof) de Bonn. Linhas de metrô até para as cidades próximas.